Dói mesmo é ter alguém no coração e na menina dos olhos,mas não poder acordar ou a imagem se esvai feito algodão-doce na boca de criança.E ter a sensação de que havia uma terceira mão e não somente uma laranja ou metade de uma como todos supõem,mas haviam duas laranjas e uma outra fruta que não sabíamos como descascar.Como se deveria comer aquela fruta com fama de doce no ínicio e azeda,amarga e cruel no final?Deixar a fruta estragar como tantos outros fizeram?Fomos cuidadosamente mastigando cada pedacinho,separando as sementes com atenção para não engasgar-mos,e a fruta revelava-se a cada momento mais saborosa,e onde está teu gosto azedo,fruta?E a gente aprende que a fruta nunca foi amarga,existem apenas pessoas que deixam a fruta ser roída por um verme,outras que acrescentam temperos afrodisíacos e recebem o efeito inverso do desejado e pessoas que a encaram como migalhas de um regime e a dieta incluía aquela temeridade.Mas a tal fruta deve ser ingerida atentamente não com pressa,cansaço ou descaso e a fruta não serve para se aliviar o gosto de outras tantas que estavam estragadas.
Em nosso caso a fruta não parou de ser fabricada,mas onde estou ela vem com gosto de que deveria ser comida a 570 km de distância,de preferência em baixo do pé com a brisa a mover os cabelos e formigas a cutucar nossos pés.Pode-se compartilhar a tal fruta a distância,mas ela vai ficando fácil de se engasgar,não porque se tornou maléfica e sim porque ela se digere melhor com olhos brilhando e mãos dadas.Não sei se continuo a insistir em comer essa fruta,pois agora consigo apenas roer com os dentes desgastados pelo esforço ou se é porque a fruta não está em fase de colheita e é momento de esperar para que ela retorne mais saborosa que nunca.Por enquanto sigo com minha alimentação prejudicada.
Alguém aí sabe o nome da fruta?
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