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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dança grave


Um verso perdido,ínfimos momentos em que nos encaixamomos em partículas que pensávamos ensamblar.Os movimentos rudes,como em uma dança de expressões graves interpretadas com uma dramaticidade que de tão excessiva torna-se vulgar.Quanto ao que não se pode ver,refiro-me aos acordes que fazem os coreógrafos se moverem e ao que se esconde por uma máscara mundana,sendo assim reconhecido como verídico ou não somente pelos dançarinos.O que não se pode ver pois encontra-se revestido de palavras de fácil entendimento ou silêncios complacentes,isso a que me transporto tão lentamente seria profícuo não fosse a necessidade de uma compreensão profusa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Não descobri as palavras


"Embora estivessem no mesmo barco, as maneiras de remar podiam perfeitamente ser diferentes."
Uma vontade de remar ,mesmo sabendo que se trata de uma lancha e sei apenas remar .E nós que pensávamos que tudo era simples,entretanto é tudo tão difuso,profuso.Os traços físicos,subtons e expressões se alteram em uma dança de trivialidades e nos perdemos na realidade caótica,mas é seu olhar no fim do dia que me vivifica.Diria-te com palavras de fácil entendimento o assunto,mas as palavras a que suponho ter o significado do que quero te dizer,essas palavras ainda não foram descobertas.Se as tivesse descoberto,as diria.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Obrigatoriedade do diploma jornalístico

"Alguns países tratam os jornalistas como você trata um lápis."

Não sou jornalista embora exista vivo em mim o fulgor pela notícia revelada e a verdade exposta sem âmbitos pessoais ou sob prismas.Não sou porque me falta o diploma que julgo ser de fundamental importância e foi desvalorizado pelo ministro Gilmar Mendes e tantos outros.Defendo a obrigatoriedade do diploma sob o ponto de vista de quem escreve fatos reais sem diploma e seria de certo modo beneficiada com a decisão jurídica.
Paradoxalmente defendo essa causa,primeiramente pois o jornalista verídico não vê a obrigatoriedade do diploma com desgosto,mas com admiração e o ínfimo desejo de emaranhar-se por essa arte há tanto discutida.Segundo,pois uma profissão com o âmbito de transparecer a verdade e enveredar-se nos fatos afim de informar,ganhar e repassar conhecimento não pode ser matéria de quem não a domina plenamente.De qualquer forma,sendo a obrigatoriedade possível ou não,os que têm o jornalismo não somente como profissão e sim como paixão,não darão importância à decisão jurídica.