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sábado, 27 de novembro de 2010

Amor que não se contenta com final feliz...

Tenho um amor que dura até hoje.E tu pode falar "E estão juntos até hoje e viverão seu felizes para sempre."Mas te confirmo que não,que a mocinha sentia uma enorme liberdade em seu peito e a aparente liberdade sufocava o amor.Te garanto que eles,no caso nós,mas na 3° pessoa do plural a dor se torna menos doída,assim como o rapazinho passando fome na esquina e nós,os insensíveis ignoramos.Te garanto que eles não se falam mais,mas não por odiarem uns aos outros,é porque sentiram que as palavras poderiam se tornar granada e,filme romântico não tinha cachê e era muito piegas para cena tão forte.
Eles continuam suas vidas,não como antes de se conhecerem.Mesmo não tendo acontecido nem um beijinho meia boca,eles se transformaram por dentro.Paixonite aguda não colava mais,correr riscos só se for valer a pena,caso contrário "chispa daqui,ordinário!"A mocinha de porcelana se sentiu de ferro e o rapazito de ferro se sentiu de porcelana e,amou.Gostava de se sentir vulnerável e sem roteiros e assim foi.
Se me perguntares o final dessa história,digo que não sei.E não me chamem de escritorazinha de quinta,não sei pois talvez essa história não tenha final.
Sei apenas que a mocinha sente enorme admiração por aquele tolo disfarçado de menino com rostinho encantador,e ele sorri ao lembrar da garotinha de mãos pequenas que não sabia o que falar e cantava músicas doces como ela.Sei também que ela aprendeu com ele o que milhares de amores não poderiam lhe ensinar e até hoje ela sente vontade de dar uma passadinha em sua casa e falar "Muito Obrigada por tudo,não sabes o quanto amo-te e amo-me por isso."
Mas como falei ela tinha enorme liberdade dentro do peito e ela sufocava e, a menina se sentia sem ar,seus pulmões e coração fraquejaram,sua alma ficou por um tris.Sabia que liberdade e amor não eram sinônimos,e em um momento teria que escolher um caminho.E escolheu,optou por seus sonhos.Talvez ele nem perceba o quanto significava para ela,mas para ser grande amor não precisa de livros piegas declarando esse tal amor de forma explicita,bastava saber entender as entrelinhas.
É isso que faz desse amor algo tão especial,é sua falta de roteiros,seu silêncio em meio a sentimentos escandalosos.Porque para ser amor não é preciso de escândalo,vezenquando silêncio faz bem.Deixar subentendido é excitante e a espera do futuro se torna deliciosa,como em um filme de suspense que vai-se colhendo as pistas pelo caminho.O interessante dessa história é que ela não tem como final beijos apaixonados,melodrama ou tragédias.È um amor desses que ocorre na esquina e aparentemente não ficam marcas,mas o coração já está tatuado com seus ensinamentos,esse é daqueles amores que as pessoas preferem não perder tempo,estão muito ocupadas procurando o futuro pai ou mãe de seus filhos.
A aparente liberdade criou asas e voou para longe,o amor ,caseiro como sempre,cativou um lugar e se alojou no coração. Me poupem de um final para essa história,deixar-ei-lhe assim como está e entendam como quiserem.Perdoem-me,mas amor desses não se contenta com final michuruca.Amor desses não tem final.

Não era para ser assim tão grande,mas as palavras saíram de mim cuspidas sem o menor pudor.

5 comentários:

Camila Castro disse...

Não é por não estar junto que o amor há de morrer; ele está acima de qualquer circustância.
E ei, o amanhã é um mistério!
;*

Unknown disse...

o amor é aquilo que nem próprios sabemos descrever. acontece e gostamos e desfrutamos ao máximo. quando acaba toda aquela magia não sabemos o que fazer nem como agir, apenas sentimos uma dor grande no peito e quando aparece a sua imagem começamos a chorar. o amor é alegre e triste. é aquilo que quisermos dele.

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

Lívea Colares disse...

Que lindo, amei esse texto, diferente de tudo que já li sobre amor!

Sunshine disse...

Bem, nunca tinha vindo aqui ao teu blog, Li este texto e já estou a seguir-te. A história é muito bonita, retrata um pedaço de mim, também sinto a necessidade de me libertar, ainda que o amor seja forte. Por vezes temos de optar :)
Beijo , gostei muito!